segunda-feira, 23 de julho de 2012

Seven Pounds (Sete Vidas)

Como de costume gosto de colocar no blog resumo, sinopse ou até lições de moral que vejo nos filmes. Esse não podia ser diferente. Emocionante, verdadeiro. Pena que a realidade seja tão diferente.


Ben (Will Smith) é um fiscal do imposto de renda que, após a morte de sua esposa em acidente de carro, elabora uma lista de nomes de desconhecidos que ele julga serem merecedores de um presente. Então, através dos arquivos da Receita Federal, ele entra em contato pessoalmente e realiza uma sondagem, mantendo um relacionamento amigável com as pessoas e analisando suas atitudes e caráter.
O filme aborda dois temas atuais: a doação de órgãos e imprudência no trânsito. Do diretor Gabriele Muccino, este filme segue uma cronologia irregular, possuindo um enredo emocionante, que prende atenção do telespectador. O filme começa com a frase: “Em sete dias Deus criou o mundo... e em sete segundos eu destruí o meu”. A doação de órgão é vista pelo personagem como um presente para o outro e um meio de perdoar-se.
 Com o hábito de falar ao telefone, Ben se distraiu e em conseqüência deste ato, envolveu-se em um acidente que acabou por levar a óbito sua esposa e outras pessoas. Ele recebe ajuda de um amigo, advogado que elaborou todos os documentos necessários para que ele doasse seus órgãos e sua riqueza. No transcorrer do filme, ele aluga um quarto de hotel onde passa a morar e compra uma água viva que futuramente serviria para a conclusão de seu plano inicial, o de morrer sem danificar seus órgãos através de eletro choques, para doá-los às pessoas escolhidas por ele.
 Em uma dessas visitas ele conhece Emily e apaixona-se por ela, mas infelizmente ela sofre de uma doença cardíaca degenerativa, mas isso não o impede de manter um romance com ela. Porém, quando ele está prestes a desistir do seu plano, Emily tem uma recaída em seu quadro clínico e que desperta nele o momento ideal para realizar seu projeto. Sua atitude radical fez com que as pessoas eleitas por ele quais recebessem seus órgãos como presentes.
O filme faz com que voltemos a refletir nossos atos cotidianos que podem trazer grandes conseqüências, como aconteceu com o personagem vivido por Will Smith. Além de abrir uma porta para a generosidade humana, quando realizamos uma doação reestruturamos vidas que aguardavam por mais uma oportunidade. A doação de órgãos, assim como a de sangue, ainda não é bem difundida no nosso país, devido à falta de informação, estrutura hospitalar aumentar a quantidade de doações necessárias.
Uma doação entre vivos é uma cirurgia simples que através de exames médicos irá indicar a intervenção mais adequada, já o transplante de mortos deve seguir o diagnóstico de morte encefálica, o que é regulamentado pelo Conselho Federal de Medicina. A morte encefálica será caracterizada através da realização de exames clínicos e complementares durante intervalos de tempo variáveis, próprios para determinadas faixas etárias. Os exames devem ser realizados por pelo menos dois médicos diferentes, que não poderão ser integrantes da equipe de remoção e transplante.
Segundo, ABTO (Agência Brasileira de Transplante de órgãos), a carência de doadores de órgãos é ainda um grande obstáculo para a efetivação de transplantes no Brasil. Mesmo nos casos em que o órgão pode ser obtido de um doador vivo, a quantidade de transplantes é pequena diante da demanda de pacientes que esperam pela cirurgia. A falta de informação e o preconceito também acabam por imitar o número de doações obtidas de pacientes com morte cerebral. Com a conscientização efetiva da população, o número de doações pode aumentar de forma expressiva. Para muitos doentes, o transplante de órgãos é a "única forma de salvar suas vidas".
Outro ponto importante que pode ser percebido no filme é o uso indevido do aparelho celular enquanto se dirige. Sem sombra de dúvidas o telefone celular surgiu para facilitar vidas, mas é preciso muita atenção quando se usa este aparelho, principalmente se o falante está dirigindo. Vale mostrar que para provocar um acidente, basta um segundo de distração. A conversa ao telefone no trânsito pode ser fatal. Mesmo sabendo que se trata de uma infração, os condutores insistem praticar essa ação (até eu mesmo), por acreditar que isso não é nada de mais e vão desligar logo. Essa prática pode mudar quando as pessoas se conscientizam a vida dela e do outro é que está em jogo. Só a maior fiscalização pode transformar o mau hábito social, mas no âmbito individual, impõe-se uma mudança cultural, com programas educacionais desde a infância para construir um adulto critico responsável, um condutor conhecedor dos seus direitos e dos seus deveres. A tecnologia criada para facilitar o tempo, aproximou algumas pessoas distantes, mas por outro lado quando usada em descomedimento tem a força de afastar o outro. À medida que cada pessoa conecta com seu mundinho virtual torna a convivência humana mecanizada, o homem mais individualista, muita das vezes sem perceber a presença do seu semelhante.
Desta forma, devemos nos conscientizar da importância de salvar vidas, através da doação ou nos educando, com posições responsáveis e atitudes integras, pois, o gesto de generosidade de Ben por outras pessoas apesar de parecer uma atitude exagerada, mas para o contexto do filme, foi uma comovente atitude para alcançar o perdão presenteando o outro com seus órgãos e sua riqueza, bem verdade que o amor que ele sentiu por Emily poderia ter mudado todo seu plano de suicídio, toda via a recaída do quadro clínico de Emily fez com que ele demonstrasse o seu amor através de sua morte.


Fonte: Desconhecido

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